Balada para Frida Kahlo de Alice Rahon

Balada para Frida Kahlo é um quadro feito pela pintora e poetisa Alice Rahon em 1956. A obra faz parte de uma série de pinturas que Rahon fez em homenagem a pessoas de sua vida, o que inclui sua amiga e colega de profissão Frida Kahlo. Atualmente, Balada para Frida Kahlo faz parte do acervo do Metropolitan Museum de Nova Iorque.

Quando partiu em viagem com o então companheiro Wolfgang Paalen, em 1939, Alice Rahon não sabia que ficaria anos sem retornar à sua terra natal, a França. O casal, acompanhados da fotógrafa e colecionadora de arte Eva Sulzer, empreendeu uma jornada que saiu da Europa e passou pelo Canadá, ontem conheceram o trabalho de artistas como Emily Carr, e desceram até chegarem ao México.

Quando já estavam instalados na Cidade do México, a Segunda Guerra Mundial começou, forçando Paalen e Rahon a permanecerem na América Latina. Para Rahon, a mudança acabaria por ser permanente. Os dois se estabeleceram no bairro de San Angel, próximo ao estúdio do pintor Diego Rivera. 

Balada para Frida Kahlo de Alice Rahon
Balada para Frida Kahlo, 1956. Fonte: MeT

Balada para Frida Kahlo: a obra de Alice Rahon no México

Uma vez no México, Alice Rahon passou progressivamente a se dedicar à pintura. Em seu estudo sobre as mulheres artistas envolvidas com o movimento surrealista, Whitney Chadwick documenta que no início Alice Rahon costumava utilizar – ou melhor dizendo, reutilizar – as telas descartadas por Paalen para criar seus próprios quadros.1

Balada de Frida Kahlo foi pintada em 1956, cerca de dois anos após a morte de Frida Kahlo. Ela e Rahon se tornaram amigas e tinham em comum não só a carreira artística, mas também o fato de terem vivido suas vidas carregando sequelas de acidentes sofridos ainda na juventude.

No site Mexicana – ligado ao Ministério da Cultura do México – podemos ler que o quadro “foi inspirado em um passeio que a artista deu pela praça de Coyoacán em companhia de sua amiga“.2  A nota do site continua e define o quadro como “explosão cromática de uma festa popular”. E ainda:

“O impacto que teve sua visita às cavernas de Altamira se manifesta no caráter fantasmagórico e ritual das figuras, assim como no traço rupestre ancestral. Há também uma influência surrealista na recriação de comunidades imaginárias de sonho que desperta no espectador a sensação do maravilhoso”.3

O quadro faz parte do acervo do Museo de Arte Moderno da Cidade do México, mas já foi exibido no Metropolitan Museum.4

Artigos Relacionados

Alice Rahon

Frida Kahlo

Whitney Chadwick

Referências

  1. CHADWICK, Whitney. Women Artists and the Surrealist Movement. Boston: Little, Brown, and Company, 1985. p. 200. ↩︎
  2. Site mexicana.cultura.gob, sobre arte e patrimônio no México. ↩︎
  3. Site mexicana.cultura.gob, sobre arte e patrimônio no México. ↩︎
  4. Nota no site do Met Museum. ↩︎
Data: 1956
Origem: Cidade do México, México
Autor: Alice Rahon
Dimensão: 120 x 178 cm
Material: Óleo sobre tela
Localização Atual: Museo de Arte Moderno, México

Busque no portal urânia