O Cortiço é um romance do escritor Aluísio Azevedo lançado em 13 de maio de 1890. O Cortiço descreve as precárias condições de vida em cortiço do Rio de Janeiro bem como as carências, injustiças e crimes que acometem seus habitantes.
Aluísio Azevedo descreve ao longo da obra cenas de intrigas, adultérios e encontros sexuais e violência as quais tornaram seu livro um sucesso ainda na época em que foi lançado e alvo de severas críticas, tanto positivas quanto negativas.
O Cortiço é atualmente um dos clássicos da literatura brasileira e obra frequentemente cobrada nos vestibulares de universidades de todo país.
Campanha de divulgação e visitas in loco: a escrita de O Cortiço
Jornalista gaúcho e colega de Aluísio Azevedo, Pardal Mallet deu conta do método de estudo empregado por Azevedo na preparação do livro: idas a cortiços e moradias populares. Em meio de 1890, ele escreveu para a Gazeta de Notícias do Rio:
“Assim tem feito sempre, assim vi-o fazer para este Cortiço, cujos primeiros apontamentos foram colhidos em minha companhia, ao fim do ano de 1884, n’umas excursões para estudar costumes, nas quais saiamos disfarçados com a vestimenta do popular – tamancos sem meias, velhas calças de zuartes remendadas, camisas de meia rotas no cotovelo, chapéus furados e cachimbo no canto da boca.“1
O Cortiço foi lançado em 1890, cerca de dois anos e meio após O Homem. Esse último foi, segundo Brito Broca, “um fracasso quase completo para o escritor.”2 Essa afirmação deve ser tomada com cautela, já que apesar de não te agradado muitos daqueles ligados à produção cultural da época, O Homem foi um sucesso de publico.
De qualquer maneira, a acolhida d’O Cortiço deve ter trazido satisfação para seu autor. Ao menos duas edições seriam lançadas ainda em 1890, não se sabe ao certo com qual intervalo de tempo entre elas. A primeira delas, segundo o Diário de Notícias do dia 16 de janeiro do mesmo ano 1890, seria de cerca de 5000 ou 5500 exemplares.3
A terceira saiu em 1896, a quarta em 1905 e a quinta em 1910, todas essas pela editora Garnier. Naquela época os manuscritos eram enviados para França, para a matriz da Guarnier, onde eram impressos.4 Em 11 de setembro de 1897, Aluísio de Azevedo, vendeu o direito de publicação de seus romances para a editora Garnier.5 Houve ainda uma edição que saiu próximo do falecimento de Aluísio Azevedo, feita pela Briguiet Editores.

Irmão de Aluísio, Arthur Azevedo, apresentou O Cortiço ao público cerca de 1 mês antes de seu lançamento, o que deve ter, em grande medida, criado um senso de expectativa e espera: “O Cortiço é o estudo consciencioso de um dos ‘basfonds’ da sociedade fluminense, e o livro mais acentuadamente popular de quantos nos têm dado pena vigorosa do ilustre romancista. É na literatura brasileira um livro único em seu gênero, com cenários, tipos, caracteres e episódios nunca dantes analisados pelos nossos romancistas.”6
Estratégia semelhante já havia sido empregada no lançamento da primeira obra realista de Aluísio Azevedo, O Mulato. Em seu texto de 1957 sobre O Cortiço, o crítico Brito Broca nos mostra que Arthur não era o único ocupado com o lançamento da obra de Aluísio. Broca recupera parte da campanha de divulgação feita em torno d’O Cortiço antes de seu lançamento. Em 27 de abril, por exemplo, saiu na “Gazeta de Notícias” o seguinte anúncio:
“A última página de O Cortiço, o já afamado romance de Aluísio Azevedo, entrou ontem para o prelo. Esperem um poucochinho (sic), srs. Glutões. Aluísio Azevedo já lhes vai servir essa finíssima iguaria.“7

Durante todo aquele mês de abril, capítulos da obra foram publicados em jornais de modo a atrair a atenção do público. Na edição do dia 13/04, parte do capítulo XVI. No dia 14, foi a vez de um trecho do capítulo X sair no Cidade do Rio de Janeiro. No dia 16, o capítulo XI foi publicado pela Gazeta de Notícias. No dia 17, sairia uma parte do capítulo XII no Correio do Povo.8
No mesmo texto, Broca ainda cita a notícia saída após o lançamento, em maio, d’O Cortiço, de que o livro já estaria se esgotando. O crítico expressa um certo ceticismo diante de tal possibilidade, e chama a nota de “golpe de publicidade”: “Custa a crer que um romance, mesmo causando maior escândalo, pudesse esgotar-se no Brasil, no decorrer de tão poucos dias, em 1890.”9
“O maior escândalo” foi causado pela obra de Aluísio Azevedo, conforme pode ser lido no item abaixo recepção. Nos foquemos, porém, na razão de tamanha reação. Uma delas, sem dúvida, é a descrição de cenas de sexo, as quais envolvem adultério e mesmo homossexualidade.
Particularidades do enredo de O Cortiço
Antônio Candido analisou O Cortiço e notou como Aluísio Azevedo soube adaptar as linhas do Naturalismo para a realidade brasileira. Assim, em sua interpretação marxista do romance, o intelectual observa que a obra nos traz os princípios da acumulação de capital típica do Brasil do século XIX: João Romão explora a própria força bruta, muscular, assim como a de Bertoleza, uma mulher escravizada que pensa ter sido libertada pelo parceiro.
O personagem é ele próprio um trabalhador – e o continua a ser ao longo de quase todo o romance – e explora outros trabalhadores de perto, de maneira mais ou menos legal:
“A originalidade do romance de Aluísio está nessa coexistência íntima do explorador e do explorado, tornada logicamente possível pela própria natureza elementar da acumulação num país que economicamente ainda era semicolonial. Na França o processo econômico já tinha posto o capitalista longe do trabalhador; mas aqui eles ainda estavam ligados, a começar pelo regime da escravidão, que acarretava não apenas contato, mas exploração direta.”10
Na obra de Zola, que inaugura o Naturalismo, do qual Aluísio é desenvolvedor e continuador, tais relações já não se dão de maneira tão próxima, deixando entrever dessa maneira uma fase mais adiantada do capitalismo desenvolvido na França. Haroldo Sereza relaciona ainda mais estreitamente o romance e o pensamento de Marx:
“O que faz O cortiço especial, do ponto de vista econômico, é justamente a demonstração daquilo que Marx chamou de “lenda” e de “pecado original” do capitalismo: ao descrever o surgimento de capitalistas e de um proletariado explorado, o romance acaba revelando uma sucessão de “crimes” que Romão e, por extensão, o agente capitalista cometem, bem como a relação entre acumulação e extração de riquezas da natureza.“11
Nesse sentido, para o pesquisador João Romão se constitui , e toda a sua trajetória de pequenos e atos reprováveis e mesmo criminosos – como um personagem complexo: “Romão não é um vilão clássico: ao fim e ao cabo, ele é o responsável pela modernização do cortiço e, por extensão, do país. Mas o romance, nessa medida, é dialético: sem deixar de mostrar esse seu papel “progressista”, expõe a violência que se esconde sob a lenda do capitalista que enriquece “com o suor do próprio rosto”.12
Sobre João Romão, Antônio Candido, em seu famoso texto A Passagem do 2 ao 3, declara: “Ri melhor quem ri por último. Quem ri por último no livro é ele, sobre as vidas destroçadas dos outros, queimados como lenha para a acumulação brutal do seu dinheiro.”13

O leitor atual de O Cortiço notará que personagens negros e afrodescendentes como Rita Baiana e seu parceiro firmo são compostos por estereótipos. Ela, como a negra clara bela, expansiva e sensual; enquanto ele é avesso ao trabalho, errático, também sensual e violento. Artigos como o de Eduardo Prachedes Queiroz, intitulado Personagens negras de O Cortiço: convergências com estereótipos14, analisam tal ponto.
O motivo dessa composição estereotipada se deve, em grande medida, às teses racialistas da época, as quais creditavam ao clima tropical e às raças ditas “inferiores” (as não brancas) a capacidade de “corromper” (ou como se dizia, “amolecer”) o carácter e disposição dos europeus, no caso, portugueses.15
Conforme aponta, Marcos César Hill, apesar de minoritárias, havia vozes ja no século XIX e inicio do século XX, que contrariavam tais crenças. Uma delas era a de Manoel Bonfim que, em seu America Latina: Males de Origem (1905), não considerava africanos e seus descendentes como “naturalmente inferiores.”
Bonfim apontava para as precárias condições de vida dessas populações no Brasil, bem como o discriminação e falta de oportunidade, como os verdadeiros empecilhos não só a esses indivíduos como ao progresso do Brasil.16 No entanto, seria apenas com o fim da Segunda Guerra Mundial que a tais teses racialistas e eugênicas seriam cabalmente refutadas.
Personagens de O Cortiço
João Romão: responsável pela construção d’O Cortiço, ele é ganancioso e sem escrúpulos. Ao longo do livro vemos como acumula riquezas por meio de mentiras e trapaças.
Bertoleza: escravizada e companheira de João Romão, Bertoleza passa para o poder dele todo o controle de suas finanças. Suas economias, que ela fazia com o intuito de comprar a própria alforria, são utilizadas inescrupulosamente por Romão para iniciar a construção das primeiras casas do Cortiço.
Jerônimo: Imigrante português que chega ao Brasil com esposa e filha em busca de fazer sua fortuna. Inicialmente, Jerônimo é trabalhador e um empregado exemplar. Contudo, ele acaba corrompido pela atmosfera do cortiço.
Piedade: esposa de Jerônimo, Piedade sofre com os efeitos que o cortiço teve em seu marido.
Rita: uma das habitantes do cortiço, Rita é bela e alegre. Seu namoro conflituoso com Firmo se torna ainda mais dramático quando ela passa a ter um relacionamento com Jerônimo.
Leone: amiga de uma das moradoras do cortiço e madrinha de sua filha, Leone é prostítuta que se envolve com homens ricos. Ela acaba por seduzir afilhada de modo que a mesma também se torna uma acompanhante.
Traduções de O Cortiço
Em 1928, Harry W. Brown traduziu O Cortiço para o inglês e publicou a obra pela editora M. C. Bride & Cia dos Estados Unidos. Sua tradução ganhou o titulo de A Brazilian Tenement. No mesmo ano, a Carsell and Company Ltda. editou a tradução para o publico da Inglaterra. Nessa edição em inglês, O Cortiço foi censurado principalmente em seus capítulo XI, XV e XVII, tendo as passagens eróticas e sexuais sido retiradas.17

No Jornal do Brasil, publicado no Rio de Janeiro, do dia 1 de junho de 1928 saiu uma nota de J. de Sá Leitão sobre a tradução em processo: “O ‘Sunday Times’ estuda hoje a tradução de um romance, de Aluizio Azevedo, escritor brasileiro, dizendo que é um livro que ‘se lê e relê com crescente admiração e alegria’. Acrescenta que até ser lido esse livro ninguém sabia que o Brasil possuía um realista capaz de uma obra tão notável.”18
Em 1976, Frederick Garcia escreveu o texto No Cinquentenário de “O Cortiço” em inglês no qual comemorou a data bem como fez apontamentos sobre a obra. Vale ressaltar as diversas ocasiões em que O Cortiço foi censurado em sua edição em inglês, apontadas por Garcia. Para além das partes mais claramente “censuráveis”, como as noites passadas entre Miranda e sua esposa adultera, partes envolvendo Rita Baiana e Jerônimo bem como o cena entre Leone e Pombinha, Frederick Garcia mostra que outros pequenos trechos também foram retirados.
São eles a clara feminilidade/homossexualidade do personagem Albino e as perguntas indiscretas, feitas pelos vizinhos do cortiço, sobre a primeira menstruação de Pombinha.19 Tal procedimento havia ocorrido com muitos dos romances de Zola em suas versões inglesas.20
Garcia afirma que Harry Brown fez menção em sua introdução à tradução, de certos incidentes e detalhes omitidos, deixando o leitor ciente de que estava em contato com uma obra censurada. O jornalista também aponta para incongruências menores como a traduções incorretas para termos como angu. O texto termina com uma listagem das traduções de O Cortiço: “Na frente de todos os livros de Aluísio Azevedo vêm O Cortiço, com versões em inglês (1926), alemão (1926), espanhol (1943), francês (1955), tcheco-eslovaco (1957), servo-croata (1959) e russo (1960).”21
Em 1943, aparece a edição em espanhol da obra, feita por Benjamin de Garay e publicada pela Editora Nova Buenos Aires. O Cortiço compôs a Colección Nuestra América sob o título de El Conventillo.22 Há ainda a tradução para o trecho feita por Statni Nakladatelstvi pela editora Kràsnè Literatury (Hubdy, A. Umeni, Praga, Republica Tcheca) sob o título Osada na Predmesti.23
Já em 1976, apareceu a primeira edição polonesa de O Cortiço feita por Janina Z. Klave. A autora havia defendido, no ano anterior, sua monografia sobre o autor da obra intitulada: Aluisio Azevedo: criador do naturalismo no Brasil. Em polonês, O Cortiço ganhou o título de Kariera e foi publicado pela Wydawrict wo Ziterackie (Cracóvia).24

Recepção de O Cortiço
Quando foi lançado, após um período de promoção intensa em jornais, o Cortiço causou polêmica e diversas reações. Diferentes críticos trataram do livro em suas colunas, destacando suas cenas explicitas, a descrição da miséria e da corrupção daquele ambiente.
Um desses críticos foi Oliveira e Silva, que escreveu em maio de 1890 para o Diário do Comércio. O jornalista condensa sua impressão em uma frase: “Não sou um crítico e apenas tomo a liberdade de expor ao público a minha impressão, que se resume em poucas palavras: É profundamente verdadeiro o livro!”25
Oliveira e Silva estava a par das reações negativas que o livro já havia recebido até aquele momento, principalmente com relação às suas partes mais sexualmente explícitas e também ao destaque dado às condições deploráveis da vidas nos cortiços.
Sobre isso, o critico afirma que não se tratava simplesmente de uma observação mórbida dos fatos, mas de uma “uma fotografia fiel e exata de um lado muito importante de uma população numerosa como a do Rio de Janeiro.”26
Tal apreensão da realidade era apta não apenas na dimensão coletiva mas também naquela pessoal, especifica. Sobre isso, Oliveira e Silva aponta para o personagem de João Romão e declara:
“O estudo de João Romão é uma biografia, perfeita, que sintetiza muitos passados duvidosos, hoje de todo esquecidos, graças ao brilho de alguns títulos d’aquém e de além-mar, atirados às mãos cheias pela munificência dos que podem fazer.“27
Nesse sentido, para o critico, O Cortiço era uma mudança e mesmo um progresso na história da literatura brasileira a qual, até então, conduzida pelos ideias românticos, muitas vezes havia produzido livros não críticos e inofensivos: “Qual a obrigação, portanto, do romancista brasileiro que deseja apresentar aos seus concidadãos um estudo fiel do meio em que vive? Deverá porventura estudar a família, tão efeminadamente descrita pelo Sr. Macedo, cheia de Jucas que se formam em direito e que durante as férias namoram as priminhas?”28
Elogio que não impediu Oliveira e Silva de expressar opiniões mais ambíguas: “Transpira todo o livro de Aluízio Azevedo um pessimismo profundo, doentio, que enerva o espírito do leitor fraco e mal preparado. Nenhuma das figuras que põe em ação mantem do começo ao fim a atitude de indivíduos relativamente felizes.”29

Outro crítico a analisar O Cortiço após seu lançamento foi Pardal Mallet. Escrevendo para o Gazeta de Notícias em 19 de maio de 1890.30 Fica evidente em seu texto que a polêmica causada pelo livro, mais especificamente suas partes sexuais e violentas, foi grande e que Mallet escolheu se posicionar:
“Nem todo o mundo o apreciará; há pessoas que logo nas primeiras linhas da segunda página sentirão como o choque de uma pedra contra as rodas do bonde. Estes é melhor que aí mesmo fechem O Cortiço. Mas quem apreciar um estilo seguro, uma ação que, nos meandros em que envereda, vai sempre aumentando, quem estiver convencido que a arte nada tem com a moralidade, leia este livro. Há de concluir que O Cortiço é um livro vigoroso e Aluísio um romancista de pulso.”31
Em seu texto de 1957, O Aparecimento de “O Cortiço” em 1890, o critico Brito Broca nos dá conta de parte da fortuna critica da obra. Ele cita, por exemplo, o texto de 23 de maio de 1980, publicado no Cidade do Rio de Janeiro, no qual Contarini Fleming ( que Broca aponta para a possibilidade de ser um pseudônimo de José do Patrocínio) faz um comentário sobre o livro de Azevedo. Após algumas considerações sobre o livro Ondas, de Luís Murat, Fleming afirma, ecoando grande parte da critica contemporânea:
“Abandonemos o banho de ideal em que nos emergiram as Ondas e chafurdemo-nos um pouco no lodo que Aluísio Azevedo revolveu ao descrever O Cortiço.”32
Brito Broca também parece ser cético quanto ao sucesso de O Cortiço. Em trecho de seu texto ele escreve: “A 15 de maio o ‘Correio do Povo’ estampava a notícia sensacional: acabava de ser posto à venda O Cortiço. Daí a três dias, uma notícia mais sensacional ainda: a edição já estava ‘vai não vai’ a esgotar-se.” Como vimo no primeiro item desse artigo, O Cortiço teve duas edições ainda em 1890, sem, contudo, sabermos precisamente a data da segunda edição.
Para Broca, o texto do jornal pode ser, em parte, uma estratégia de divulgação: “Golpe de publicidade? Custa a crer que um romance, mesmo causando maior escândalo, pudesse esgotar-se no Brasil, no decorrer de tão poucos dias, em 1890 […]”33

Adaptações de O Cortiço
O Cortiço ganhou uma adaptação em 1978 sob a direção de Francisco Ramalho Jr. Betty Faria deu vida à personagem Rita Baiana. Armando Bogus foi João Romão. 34
Artigos Relacionados
Livro de uma Sogra de Aluísio Azevedo
Bibliografia sobre O Cortiço de Aluísio Azevedo
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VALENTIN, Leandro Henrique Aparecido. Representação da homossexualidade nos romances O Ateneu de Raul Pompeia e O Cortiço de Aluísio Azevedo. Revista Rascunhos Culturais. Coxim/MS. v.4, n.8, p. 179-200, jul./dez. 2013. Disponível no academia.edu
Referências
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- BROCA, Brito. O Aparecimento de “O Cortiço” em 1890. Revista do Livro, 1957. apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 266. ↩︎
- CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 6. ↩︎
- CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 13, nota 11. ↩︎
- CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 7. ↩︎
- Correio do Povo. Rio de Janeiro. Apud.: MÉRIAN, Op. cit., p. 442. Apud. JODAS, Amanda Servidoni. Nas entrelinhas do “cortiço”: moralidade e (des)ordem pública em Aluísio Azevedo. Dissertação (Mestrado em História). Campinas: UNICAMP, 2016. p. 71. ↩︎
- CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 267. ↩︎
- CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 6. ↩︎
- BROCA, Brito. O Aparecimento de “O Cortiço” em 1890. Revista do Livro, 1957. apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 268. ↩︎
- CANDIDO, Antonio. De Cortiço a Cortiço. Revista Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 30, p. 111-129, jul. 1991. p.113. MOREIRA, N. C.; SIMOES, S. N. Constituição, literatura e reconhecimento na obra “O cortiço”. ANAMORPHOSIS – Revista Internacional de Direito e Literatura, Porto Alegre, v. 3, n. 2, p. 545–572, 2017. DOI: 10.21119/anamps.32. 545-572. p. 549. ↩︎
- SEREZA, Haroldo Ceravolo. O Cortiço: Romance Econômico. Novos Estudos 98. Março 2014. p. 190. ↩︎
- SEREZA, Haroldo Ceravolo. O Cortiço: Romance Econômico. Novos Estudos 98. Março 2014. p. 200. ↩︎
- CANDIDO, Antonio. A passagem do dois ao três: contribuição para o estudo das mediações na análise literária. Revista de História, São Paulo, v. 50, n. 100, p. 787–800, 1974. p. 796. ↩︎
- QUEIROZ, Eduardo Prachedes. Personagens negras de O Cortiço: convergências com estereótipos. Estudos Semióticos. Vol. 18, n. 13. Dezembro de 2022. ↩︎
- ALVES, Amanda Santos. SIEGA, Paula Regina. Brancos, Negros e Mulatos: aspectos cientificos em O Cortiço de Aluisio Azevedo. Litterata. Ilhéus. vol. 7/1. jan.
jun. 2017 e TAMANO, Luana Tieko Omena et al. O cientificismo das teorias raciais em O cortiço e Canaã. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.18, n.3, jul.-set. 2011, p.757-773. ↩︎ - HILL, Marcos César da Senna. Quem São os Mulatos? Sua Imagem na Pintura Modernista Brasileira Entre 1916 e 1934. Belo Horizonte. Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. 2008. Capítulo 1. ↩︎
- CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 7. ↩︎
- CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 7. ↩︎
- GARCIA, Frederick C. H. No Cinquentenário de “O Cortiço” em inglês. Suplemente Literário de Minas Gerais, 27 de setembro 1976. apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 300.
↩︎ - GARCIA, Frederick C. H. No Cinquentenário de “O Cortiço” em inglês. Suplemente Literário de Minas Gerais, 27 de setembro 1976. apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 301. ↩︎
- GARCIA, Frederick C. H. No Cinquentenário de “O Cortiço” em inglês. Suplemente Literário de Minas Gerais, 27 de setembro 1976. apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 305. ↩︎
- CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 8. ↩︎
- CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 8. ↩︎
- CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 8. ↩︎
- OLIVEIRA e SILVA, O Cortiço de Aluísio de Azevedo”. Diário do Comércio, 27/05/1890 apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 251. ↩︎
- OLIVEIRA e SILVA, O Cortiço de Aluísio de Azevedo”. Diário do Comércio, 27/05/1890 apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 251. ↩︎
- OLIVEIRA e SILVA, O Cortiço de Aluísio de Azevedo”. Diário do Comércio, 27/05/1890 apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 263. ↩︎
- OLIVEIRA e SILVA, O Cortiço de Aluísio de Azevedo”. Diário do Comércio, 27/05/1890 apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 254. ↩︎
- OLIVEIRA e SILVA, O Cortiço de Aluísio de Azevedo”. Diário do Comércio, 27/05/1890 apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 257. ↩︎
- MALLET, Pardal. “O Cortiço (romance de Aluísio Azevedo) II”. Gazeta de Notícias. Rio de Janeiro, n.144, p. 1, maio/1890. apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 237. ↩︎
- MALLET, Pardal. “O Cortiço (romance de Aluísio Azevedo) II”. Gazeta de Notícias. Rio de Janeiro, n.144, p. 1, maio/1890. apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 239-240. ↩︎
- BROCA, Brito. O Aparecimento de “O Cortiço” em 1890. Revista do Livro, 1957. apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 274. ↩︎
- BROCA, Brito. O Aparecimento de “O Cortiço” em 1890. Revista do Livro, 1957. apud CRUZ, Laura Camilo dos Santos. O Cortiço, de Aluizio Azevedo: Estabelecimento de Textos em Edição Critica e Parte da Fortuna Critica. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo. São Paulo. 1998. p. 268. ↩︎
- Ficha do filme no site CEPPES. ↩︎