Santa Muerte (Santa Morte) é uma santa popular venerada em diversas regiões do México e nas comunidades mexicanas dos Estados Unidos. Por popular se quer dizer que seu culto não é oficialmente reconhecido pela Igreja Católica Romana apesar de milhares de pessoas serem santa muertistas, ou seja, devotos da Santa Muerte.
Sua origem ainda é tema de debate e pesquisas, mas um consenso estabeleceu que Santa Muerte se relaciona tanto com cultos e deuses dos povos indígenas mesoamericanos quanto com a figura europeia do ceifeiro e da La Parca espanhola. Por ser uma entidade com muitos fiéis entre os desfavorecidos e marginalizados, a Santa Muerte tem sido alvo de intolerância e discriminação.
Origens, história e os nomes de Santa Muerte
A chamada Santa Muerte tem ampla variedade de nomes pelos quais é conhecida. Seus fiéis podem chamá-la por nomes carinhosos como “Morte, Senhora do Meu Coração”, Mi Nina (Minha menina), La Nina Bonita (A menina bonita), La Madrina (A madrinha) e Mi Amor (Meu amor). Há ainda nomes mais sombrios como Senora de las Sombras (Senhora das Sombras) ou La Negra (A Negra) ou seus diminutivos La Negrita (A Negrinha) ou Santa Nina (Santa menina). Por outro lado, ela também é denominada de La Hermana Bianca (A irmã Branca) e Hermana de Luz (Irmã de Luz).1 Outras denominações são La Tlaquita (A magrinha), La Pelona (A careca), La Huesuda (A ossuda), La Dama Poderosa (A dama poderosa).2

A representação de Santa Muerte pode variar, principalmente no que toca às cores de sua vestimenta. Apesar de ser quase sempre representada vestindo um manto parecido com o da Virgem, o item pode ser azul claro, branco, vermelho ou preto. Já sua forte identificação de gênero, para Bastante e Dickieson, está relacionada à influência da figura da La Parca, representação da morte que na Espanha era identificada como feminina.3Com frequência as estátuas de Santa Muerte aparecem portando uma foice ou uma balança.
Para os pesquisadores encarna a morte enquanto “a justiça definitiva” que alcança a todos “independente de status socioeconômico”.4 Calcula-se que a Santa tenha por volta de 7,5 milhões de devotos apenas no México.5
Pamela Bastante e Breton Dickieson destacam o contexto de violência e insegurança generalizadas e ligadas ao narcotráfico e à “guerra contra as drogas” como uma das principais forças originárias por trás do culto à Santa Muerte. Apenas entre os anos de 2006 e 2012, segundo a BBC, mais de 50.000 pessoas morreram em decorrência da violência em torno do tráfico e das drogas.6 Nesse sentido, para Bastante e Dickieson a Santa Muerte ganhou vulto enquanto entidade justiceira e interventora:
“os mexicanos se voltaram para a imagem da Morte, Santa Muerte, para se protegerem das incertezas de suas vidas cotidianas. Um esqueleto envolto em trajes reais ou envolto no manto da virgem, Santa Morte é tanto o Ceifeiro quanto o Anjo de Misericórdia, que oferece esperança para uma sociedade ameaçada”.7
Ángel Portillo tem uma leitura semelhante do fenômeno: “Dito contexto, ocasionou o surgimento de novos atores sociais que busca por meio de uma religiosidade popular como esse culto da Santa Muerte, prover-se daquilo que o Estado e as doutrinas religiosas não podem fornecer: emprego, saúde, segurança e moradia”.8

Seu culto, porém, tem se expandido e não é mais característico de regiões periféricas. Assim, se inicialmente a santa era encontra no bairro “socialmente marginalizado de Tepito – uma area da Cidade do Mexico associada ao crime, violência e prostituição” agora ela pode ser encontrada em vizinhanças de classe media como Condesa.9
Na história recente do culto à Santa Muerte podemos destacar a figura de Dona Queta, tida como uma das primeiras evangelistas da entidade. Segundo artigo, o primeiro altar à Santa foi construído em Tepito por Enriqueta Romero, no número 12 da rua Alfareria. O ano era 2001 e dona Queta escolheu o 2 de novembro, Dia de los Muertos (Dia de Finados, no Brasil). Em vez de ser desmontado após as celebrações desse período, o altar à Santa Muerte, permaneceu ali e atraiu atenção popular crescente.10
Recuando ainda mais no templo, para fins do século XVIII, encontra-se menções à Santa Muerte até mesmo nos arquivos da Inquisição. Segundo um documento de 1797, indígenas de San Luis de la Paz, foram surpreendidos em sua “superstição”:
“À noite se reúnem em sua capela para beber peiote até perderem a cabeça; eles acendem velas de cabeça para baixo, algumas das quais são pretas; eles dançam com bonecos de papel; eles chicoteiam Cruzes Sagradas e uma figura de morte que eles chamam de Santa Morte, e eles amarram com uma corda molhada que ameaça chicotear e queime-o se não fizer um milagre”.11
Repreendidos, os indivíduos foram punidos com a destruição da capela bem como da imagem da santa.12

O culto de Santa Muerte
Bastante e Dickieson citam o trabalho de Andrew Chestnut, autor de Devoted to Death – Santa Muerte, (Devoto à Morte – Santa Morte a santa esqueleto), como basilar para se entender o culto à Santa Muerte. Nele, Chestnut faz um estudo aprofundado das velas devocionais de diferentes cores usadas pelos fiéis da santa. Quando dourada, a vela leva um pedido de auxílio ou segurança financeira, comum em um país emergente. Velas de cor roxa se relacionam a cura e questões de saúde enquanto as verdes são usadas para se pedir justiça ou mesmo a sua neutralização, conforme a situação do devoto.13
A vela vermelha por sua vez representa o amor e a paixão, e também é oferecida, conforme os pesquisadores, por ” mulheres que foram traídas ou abandonadas” que pedem a vingança contra os ex-companheiros bem como a reatar da relação. Nesse sentido, os autores citam inclusive novenas rezadas à Santa Muerte. 14 15 Há a vela de cor marrom, pouco comum comparada às outras, acesa para que objetos perdidos sejam encontrados ou em pedidos de sabedoria e discernimento.16
Há ainda a vela arco-íris, usada por fiéis que possuem diversos pedidos: “Com suas sombras de arco-íris, a poderosa vela de sete cores captura precisamente a identidade multicolorida da Poderosa. Essa vela, dentre as mais vendidas, é oferecida por devotos quando estão à procura de intervenção sobrenatural em múltiplas frentes”.17
No dia dedicado especialmente à celebração da Santa, o Dia dos Mortos, é comum que ocorra cerimônias parecidas com missas. Em determinados locais, como salões alugados especificamente para esse fim, um altar foi montado em honra da Dama Poderosa no qual imagens diversas dela são dispostas junto com oferendas de todo tipo como cigarros, bebida ( principalmente tequila), frutas, incenso, flores e mesmo objetos ou brinquedos.
Santa Muerte, a santa dos criminosos
Por fim, há a ainda a vela preta, presente em pedidos de proteção ou vingança, feitos por muitos devotos à santa dentro de organizações criminosas e do narcotráfico. No entanto, a vela preta e tais pedidos partem inclusive de policiais e agentes da lei dedicados à luta contra o crime e facções. E citamos: “em particular, membros das forças armadas e forças policiais locais rogam à Morte para protegê-los na atividade mortal inerente à guerra contra as drogas”.18
Santa Muerte tem dentre criminosos e traficantes muitos de seus devotos. Andrew Chestnut aponta como dentro de prisões a imagem da Irmã Branca é encontrada nos pequenos altares individuais feitos a mão pelos presos mas também em imagens e tatuagens feitas nas instituições.

Seu culto encontrou fiéis também entre os agentes prisionais e advogados, que não incomumente trazem medalhas da entidade junto ao peito: “Em um ambiente de trabalho tão perigoso, cheio de drogas e armas rústicas, pode-se imaginar o apelo da proteção sobrenatural oferecida pela Poderosa. Em menos de uma década, ela se tornou a santa padroeira do sistema penal mexicano e é também popular de uma forma crescente nas prisões americanas, em especial no sudoeste e na Califórnia“.19
Encontra-se, nesse contexto, velas votivas especificas com os dizeres “lei, fique longe”, escrito em espanhol e inglês, usadas por bandidos e foras da lei mas também aquelas com frases como “morte aos meus inimigos”, oferecidas por todos cujas as atividades os põem em constante risco de morte.20
Com tantos fiéis entre narcotraficantes e membros de facções, a Santa Muerte e seu culto é com frequência alvo de críticas, recriminações e mesmo atos de intolerância. O pesquisador Roberto Marrero elenca uma série de tais medidas ocorridas ao longo das últimas décadas e destaca o papel da imprensa no processo de demonização da santa. O caso do sequestrador Daniel Arizmendi López, nesse contexto, é significativo. Conhecido como “mochaorejas“, “devido a prática de cortar as orelhas de suas vítimas e enviá-las às suas famílias como método de pressão”21 a imprensa deu amplo destaque à sua devoção à Dama Poderosa quando de sua prisão em 1998.

Para Marrero há uma espetacularização e demonização em torno do culto à Ossuda. Sua imensa popularidade significa que pessoas das mais variadas ocupações e estratos sociais encontram-se entre seus “filhos”, no entanto, há um destaque desproporcional aos devotos do culto que são criminosos.
Marrero destaca que a maioria esmagadora dos santa muertistas se auto declaram católicos, refletindo a predominância da fé católica no México, e que o mesmo se estende para a população carcerária. Apesar disso, é impensável relacionar o catolicismo ao crime organizado.
Em seu artigo, Marrero elenca falas de diversas lideranças da igreja católica condenando e atacando o culto da Menina Branca dentre as quais citamos aquela do próprio Papa Francisco. Em visita ao México em 2016, o sumo pontífice declarou durante uma missa em Ecatepec, cidade com um grande número de devotos da santa, o papa se disse preocupado com ” tantas pessoas que seduzidas pela potência vazia do mundo, exaltam as quimeras e se revestem de seus símbolos macabros para comercializar a morte”.22
A Santa Muerte na contemporaneidade
Apesar do culto da Ossuda ser popular entre criminosos, membros de gangue e narcotraficantes, ele não se restringe a esses grupos. O pesquisador Ángel Portillo demonstrou em artigo como os devotos da entidade são diversos, pertencentes a vários grupos sociais.23
Com o início da epidemia de Covid-19 em 2020, os devotos de Santa Muerte passaram a recorrer à Menina Branca para salvá-los do vírus e das dificuldades como desemprego e inflação. Entre os santa muertistas tornou-se comum rezar para que a Santa livrasse não apenas ao devoto e sua família mas todo o mundo do novo vírus. Kate Kingsbury e Andrew Chesnut observam que tais pedidos dão conta do caráter plástico e mutável da entidade que aparentemente continuará presente entre aqueles que a veneram.24
Artigos Relacionados
Bibliografia sobre Santa Muerte
BASTANTE, Pamela. DICKIESON, Breton. Nuestra Señora de las Sombras: The Enigmatic Identity of Santa Muerte. Journal of the Southwest, Winter 2013, Vol. 55, No. 4 (Winter 2013), pp. 435-471. Disponível no Jstor.
BRANDES, Stanley. Is There a Mexican View of Death?. Ethos, Vol. 31, No. 1 (Mar., 2003), pp. 127-144. Disponível no Jstor.
BONFIL, Antonio Higuera. Evolución iconográfica de la Santa Muerte – Una historia possible. Revista Debates Antropológicos. N. 4, 2020. Disponível no academia-edu.
CHESNUT, R. A. Santa Morte, a Santa Esquelética no México e nos Estados Unidos. História: Questões & Debates, Curitiba, n. 55, p. 195-217, jul./dez. 2011. Editora UFPR. Aqui.
KINGSBURY, Kate. CHESNUT, Andrew. Morte Santa nos Tempos do Coronavírus: Santa Morte, a Santa Salubre. In PY, Fábio e SENNA, Emerson. Religião em tempos de Covid-19: vírus, biopoder e vida. Campos dos Goytacazes, EUENF, 2022. Disponível no academia.edu.
MARRERO, Roberto Garcés. Santa Muerte, prensa, iglesia y estado en México. Iztatapala Revista de Ciencias Sociales y Humanidades. Núm. 96/1 (2024): Tema central 96: Actores y debates educativos/Actor and educational debates. Aqui.
PORTILLO, Á. A. Gutiérrez. Etnografía del culto a la Santa Muerte en San Cristóbal de Las Casas, Chiapas. Quehacer Cientifico en Chiapas 10(2), 80.90. Aqui.
Referências
- BASTANTE, Pamela. DICKIESON, Breton. Nuestra Señora de las Sombras: The Enigmatic Identity of Santa Muerte. Journal of the Southwest, Winter 2013, Vol. 55, No. 4 (Winter 2013), pp. 435-471. p. 437. ↩︎
- BASTANTE, Pamela. DICKIESON, Breton. Nuestra Señora de las Sombras: The Enigmatic Identity of Santa Muerte. Journal of the Southwest, Winter 2013, Vol. 55, No. 4 (Winter 2013), pp. 435-471. p. 437. ↩︎
- BASTANTE, Pamela. DICKIESON, Breton. Nuestra Señora de las Sombras: The Enigmatic Identity of Santa Muerte. Journal of the Southwest, Winter 2013, Vol. 55, No. 4 (Winter 2013), pp. 435-471. p. 438. ↩︎
- BASTANTE, Pamela. DICKIESON, Breton. Nuestra Señora de las Sombras: The Enigmatic Identity of Santa Muerte. Journal of the Southwest, Winter 2013, Vol. 55, No. 4 (Winter 2013), pp. 435-471. p. 456. ↩︎
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- BASTANTE, Pamela. DICKIESON, Breton. Nuestra Señora de las Sombras: The Enigmatic Identity of Santa Muerte. Journal of the Southwest, Winter 2013, Vol. 55, No. 4 (Winter 2013), pp. 435-471. p. 436. ↩︎
- BASTANTE, Pamela. DICKIESON, Breton. Nuestra Señora de las Sombras: The Enigmatic Identity of Santa Muerte. Journal of the Southwest, Winter 2013, Vol. 55, No. 4 (Winter 2013), pp. 435-471. p. 435. ↩︎
- PORTILLO, Á. A. Gutiérrez. Etnografía del culto a la Santa Muerte en San Cristóbal de Las Casas, Chiapas. Quehacer Cientifico en Chiapas 10(2), 80.90. p. 80. ↩︎
- BASTANTE, Pamela. DICKIESON, Breton. Nuestra Señora de las Sombras: The Enigmatic Identity of Santa Muerte. Journal of the Southwest, Winter 2013, Vol. 55, No. 4 (Winter 2013), pp. 435-471. p. 436. ↩︎
- BASTANTE, Pamela. DICKIESON, Breton. Nuestra Señora de las Sombras: The Enigmatic Identity of Santa Muerte. Journal of the Southwest, Winter 2013, Vol. 55, No. 4 (Winter 2013), pp. 435-471. p. 439. ↩︎
- KINGSBURY, Kate. CHESNUT, Andrew. Morte Santa nos Tempos do Coronavírus: Santa Morte, a Santa Salubre. In PY, Fábio e SENNA, Emerson. Religião em tempos de Covid-19: vírus, biopoder e vida. Campos dos Goytacazes, EUENF, 2022. p.147. ↩︎
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- BASTANTE, Pamela. DICKIESON, Breton. Nuestra Señora de las Sombras: The Enigmatic Identity of Santa Muerte. Journal of the Southwest, Winter 2013, Vol. 55, No. 4 (Winter 2013), pp. 435-471. p. 442. ↩︎
- BASTANTE, Pamela. DICKIESON, Breton. Nuestra Señora de las Sombras: The Enigmatic Identity of Santa Muerte. Journal of the Southwest, Winter 2013, Vol. 55, No. 4 (Winter 2013), pp. 435-471. p. 442. ↩︎
- CHESNUT, R. A. Santa Morte, a Santa Esquelética no México e nos Estados Unidos. História: Questões & Debates, Curitiba, n. 55, p. 195-217, jul./dez. 2011. Editora UFPR. p. 202.
↩︎ - CHESNUT, R. A. Santa Morte, a Santa Esquelética no México e nos Estados Unidos. História: Questões & Debates, Curitiba, n. 55, p. 195-217, jul./dez. 2011. Editora UFPR. p. 213. ↩︎
- CHESNUT, R. A. Santa Morte, a Santa Esquelética no México e nos Estados Unidos. História: Questões & Debates, Curitiba, n. 55, p. 195-217, jul./dez. 2011. Editora UFPR. p. 212. ↩︎
- BASTANTE, Pamela. DICKIESON, Breton. Nuestra Señora de las Sombras: The Enigmatic Identity of Santa Muerte. Journal of the Southwest, Winter 2013, Vol. 55, No. 4 (Winter 2013), pp. 435-471. p. 442. ↩︎
- CHESNUT, R. A. Santa Morte, a Santa Esquelética no México e nos Estados Unidos. História: Questões & Debates, Curitiba, n. 55, p. 195-217, jul./dez. 2011. Editora UFPR. p. 209. ↩︎
- CHESNUT, R. A. Santa Morte, a Santa Esquelética no México e nos Estados Unidos. História: Questões & Debates, Curitiba, n. 55, p. 195-217, jul./dez. 2011. Editora UFPR. p. 210. ↩︎
- MARRERO, Roberto Garcés. Santa Muerte, prensa, iglesia y estado en México. Iztatapala Revista de Ciencias Sociales y Humanidades. Núm. 96/1 (2024): Tema central 96: Actores y debates educativos/Actor and educational debates. p. 139. ↩︎
- MARRERO, Roberto Garcés. Santa Muerte, prensa, iglesia y estado en México. Iztatapala Revista de Ciencias Sociales y Humanidades. Núm. 96/1 (2024): Tema central 96: Actores y debates educativos/Actor and educational debates. p. 140. ↩︎
- PORTILLO, Á. A. Gutiérrez. Etnografía del culto a la Santa Muerte en San Cristóbal de Las Casas, Chiapas. Quehacer Cientifico en Chiapas 10(2), 80.90. ↩︎
- KINGSBURY, Kate. CHESNUT, Andrew. Morte Santa nos Tempos do Coronavírus: Santa Morte, a Santa Salubre. In PY, Fábio e SENNA, Emerson. Religião em tempos de Covid-19: vírus, biopoder e vida. Campos dos Goytacazes, EUENF, 2022. ↩︎