Leonora Carrington

Pintora, escritora e escultora anglo mexicana, Leonora Carrington foi uma das principais artistas do século XX. No início de sua carreira, Carrington fez parte do grupo surrealista e alguns de seus contos apareceram em publicações como Minotaure e VVV. Seu estabelecimento no México significou o desenvolvimento de técnica e estilos próprios que consagraram Leonora Carrington tanto em seu país de adoção como internacionalmente. A artista trabalhou em torno de temas ligados ao esoterismo, tradições místicas, alquimia e religiões orientais que se fazem presentes em suas telas e também produção escrita. Mais tarde, Carrington explorou outros meios como esculturas além de militar em meios feministas e ecologistas. 

Infância e Juventude

Leonora Carrington nasceu em 6 de maio de 1917 na Inglaterra. Filha de um grande industrial inglês e uma aristocrata irlandesa. Leonora porém nunca se conformou às regras e expectativas sociais de sua classe e desde jovem teve um comportamento rebelde. Leonora foi expulsa de ao menos duas escolas na Inglaterra. Seus pais então decidiram enviá-la para um colégio em Florença, na Itália, aos cuidados da senhorita Penrose. Ali, a jovem Leonora costumava matar as aulas que não a interessavam, como etiqueta, e passar horas nos diferentes museus da cidade e na galeria Uffizi. As obras daqueles pintores como Sasseta, Francesco de Giorgio e Giovanni di Paolo, a influenciaram por toda a sua carreira1.

Leonora ainda estudaria arte em Londres sob a supervisão de Amédée Ozenfant. Nascida em uma família de posses, o baile de debutante de Leonora aconteceu no hotel Ritz. A jovem artista no entanto nutria o mesmo entusiasmo pela cerimônia que seus pares. Seu conto A Debutante , no qual uma hiena concorda em ir ao baile no lugar de uma jovem que prefere ficar em casa lendo, é uma clara alusão e ironia ao evento. Em 1936 ocorreu a famosa Exposição Internacional do Surrealismo na Inglaterra.

A mãe de Leonora a presenteia com o livro Surrealism de Herbet Read cuja capa estampava a obra Duas Crianças Ameaçada por um Rouxinol de Max Ernst. O novo estilo e um de seus protagonistas causaram uma forte impressão na jovem artista. Em 1937, Leonora conheceu Ernst em um jantar na casa de uma de suas colegas de academia, Úrsula, que era casada com o arquiteto Erno Goldfinger2.Max estava na Inglaterra por ocasião de sua exposição na Mayor Gallery

Autorretrato, 1937. Fonte: MeT. Chá Verde, 1942. Fonte: MoMA

Ela tinha então 19 anos e Max, aos 46, estava em seu segundo casamento. Com o auxílio financeiro da mãe de Leonora, os dois se instalaram em Paris. Logo em seguida, para fugir da primeira esposa de Max Ernst e também das intrigas de André Breton que não queria que Max mantivesse contato com o poeta Paul Eluard, o casal se instalou em uma pequena cidade do interior, San-Martin-d-Ardèche onde trabalharam e viveram juntos por dois anos.

Ali Leonora escreveu um de seus contos mais famosos, A Debutante (1939), que críticos defendem ter uma relação estreita com seu Autorretrato (Hospedaria do Cavalo Alvorada) (1937-1938) além de também pintar o famoso retrato de Max Ernst, mais ou menos encarnado em seu arquétipo animal, o pássaro Loplop.  A vida do casal de artistas, porém, seria interrompida, para nunca mais ser retomada, pelo início da Segunda Guerra Mundial.

Segunda Guerra e Asilo no México

O início da Segunda Guerra na Europa iria mudar o rumo do movimento surrealista e da vida de Leonora Carrington para sempre. De fato, artistas de todas as mídias e movimentos no velho continente abandonariam seus países, viveriam na clandestinidade ou mesmo morreriam em decorrência do conflito iniciado em 1939. A história de Leonora Carrington é sem dúvidas uma das mais dramáticas do período. 

Primeiro, Max Ernst foi preso e mandado para um campo de prisioneiros em 1940 por ser um artista não tradicional além de cidadão alemão vivendo em território francês. Uma jovem ,completamente sozinha, em uma pequena cidade estrangeira durante uma guerra, a condição psicológica de Leonora começou a se deteriorar. Por algum tempo, Leonora conseguiu manter sua rotina entre a casa e as visitas a Ernst. Porém, em situação cada vez mais crítica e o avanço do exército alemão, uma amiga de Leonora, Catherine Yarrow, decidiu tirá-la de San Martin e levá-la de carro até a Espanha.

Durante a fuga, Leonora Carrington não apenas testemunhou todo tipo de violência que se passava em um país ocupado, a França, e outro em guerra civil, a Espanha. Assim que atravessou a fronteira, não se sabe ao certo mas Leonora Carrington se perdeu de Yarrow e seu marido e acabou sendo vitima de um estupro. Após isso, a artista entrou em uma embaixada em Madri pedindo por ajuda. Sua condição psicológica era tal que dali Leonora foi encaminhada para um hospital psiquiátrico na cidade de Santander, onde seria mantida por 4 meses3.

Uma vez em Portugal, Leonora consegue escapar pelos fundos de um restaurante e se abriga na embaixada mexicana, onde encontra o diplomata Renato Leduc. Leonora então se casou com Renato Leduc e os dois se refugiaram primeiro em Nova Iorque durante o ano de 1942 e posteriormente no México, no ano seguinte. Nos Estados Unidos, Carrington voltou a conviver com o grupo surrealista, expatriados como ela, e nutriu uma estreita amizade com Jacqueline Lamba, esposa de André Breton. Dessa época, pode-se citar Garden Bedroom, primeiro quadro que Leonora pintou depois da sua internação psiquiátrica e que traz ao centro o cavalo branco característico da artista, Verão, em colaboração com Max Ernst, Marcel Duchamp e Roberto Matta  entre outros quadros4.

A experiência no sanatório, o “tratamento” com Cardiazol (medicação que replicava os efeitos da terapia de choque) e o confinamento foram descritos por Leonora em um de seus contos mais conhecidos, Lá Embaixo (1943), que chegou a público na célebre publicação surrealista VVV. Seus pais então enviam a antiga babá de Leonora para Santader com ordens para levar a pintora até Portugal, de onde embarcaria para uma outra instituição psiquiátrica, localizada na África do Sul.

Sobre o estado da artista após sua internação, temos o testemunho de Max Ernst, que inesperadamente a encontrou em Lisboa e escreveu sobre o ocorrido para sua amiga e também pintora Leonor Fini em maio de 1941: “Eu estive em Lisboa por três dias, mas chateado e confuso. Eu encontrei ( e perdi de novo) Leonora… Ela está irreconhecível. Ela vive com Renato Leduc … ela não fala sobre sua vida faz um ano. É algo que supera todas as histórias de Kafka. Ela está derrotada5.

Mudança para o México e reconhecimento

Foi no México que Leonora Carrington encontrou seu lar definitivo. O clima e a cultura do país, bem como a comunidade de artistas europeus, exilados como ela, tornaram possível sua dedicação às mais diversas mídias em uma carreira que se estendeu por décadas. Dentre todos que passaram a fazer parte de sua vida, a também pintora Remedios Varo se destaca. Ambas já haviam se conhecido em Paris, pois enquanto Leonora se relacionou com Max Ernst, Remedios Varo era companheira de Benjamin Péret, poeta surrealista amigo de André Breton. Mas a amizade entre as artistas só se estreitaria mesmo no exílio.

Sabe-se que as moravam a poucos metros de distância uma da outra e que se viam quase diariamente. Além do afeto, Remedios e Leonora compartilhavam a condição de expatriadas e o grande interesse pelo conhecimento esotérico, o misticismo e o tarô. As duas aparecem em primeiro plano no quadro Os Dias na Rua Gabino Barreda, obra na qual Gunther Gerzso, fortemente influenciado pelo surrealismo, retrata alguns de seus companheiros artistas6.Nas palavras da própria Leonora “a presença de Remédios no México mudou minha vida.”7 8

Em 1946, ela se casou com o fotógrafo húngaro Emerico “Chiki” Weisz com quem teria dois filhos. Dois anos depois, ocorre sua primeira exposição retrospectiva, na galeria de Pierre Matisse em Nova Iorque. Essa exposição foi patrocinada pelo amigo e mecenas de Leonora Carrington, Edward James, milionário inglês colecionador de arte. James e Carrington sustentaram uma amizade por décadas até a morte dele em 1984. Sobre a artista, James era direto: 

“Entre todos os artistas que conheci e encontrei até hoje, Leonora cruzou mais fronteiras e atravessou cadeias montanhosas mais do que qualquer outro e explorou os abismos mais profundos”.9 

O Jardim de Paracelso (1957). Fonte: Sotheby’s. E Então Vimos a Filha do Minotauro (1953). Fonte: MoMA

Em 1962, Leonora Carrington foi convidada a pintar um mural no Museo Nacional de Antropología da Cidade do México. No país do muralismo, tal convite foi reconhecimento oficial tanto de sua capacidade artística quanto de sua relação com o México. A pintora morou em Chiapas, na comunidade de San Cristóbal de las Casas na companhia da antropóloga Gertrud Blom, por meses com o intuito de observar e estudar a cultura local e assim poder utilizá-la em seu projeto. Além disso, Leonora fez uma leitura extensiva sobre as culturas nativas.

Ela confirmou abertamente empréstimos à obra Popol Vuh, obra de origem indígena do século XVI,  na concepção da pintura. Nancy Deffebach nota que Leonora também tomou estudos recém lançados à época para compor o mural como o de Calixta Guiteras-Holmes (1961) e o de Sylvanus Morley (1946).10 O museu, projeto de Pedro Ramírez Vazquez, foi inaugurado em 17 de setembro de 1964 em conjunto com o mural de Leonora se encontram outros de autoria de Rufino Tamayo, Pablo O’Higgins e Nicolas Moreno. 

Estilo

Sabe-se que Leonora Carrington cresceu ouvindo contos de fadas e histórias do folclore celta. Sua mãe e babá eram de origem irlandesa e tal referência se manteve como fonte de inspiração de Leonora por toda a vida. A artista também também entrou em contato com as mais diversas tradições esotéricas antigas e modernas: cabala, alquimia, mitologia grega, e mesmo o budismo foram estudados, absorvidos, e transplantados para suas telas e contos. Outra influência intelectual recebida e cultivada por Leonora foi a de filósofos como Paracelso e Giordano Bruno. O primeiro, a artista representou em seu Jardim de Paracelso (1957). O segundo no quadro O Queima de Bruno (1964).

Sua amiga Rita Pomade nos dá conta que Leonora se dedicava ao aperfeiçoamento do que considerava ser seus poderes paranormais capazes de lhe causar doenças (se mal usados) ou viagens astrais. Pomade conta de uma ocasião em que a pintora pediu para que ela sonhasse e lhe contasse sobre tais sonhos para que assim ela pudesse usar tais imagens em seu próprio baralho de Tarot11. Desde  muito nova, eu  acreditava que isso acontecia com muitas pessoas. Eu costumava ter experiências  muito estranhas com todo tipo de fantasmas, visões e outras coisas que geralmente são condenadas pelo Cristianismo ortodoxo.12

O surrealismo seria uma referência artística e estilística que Leonora Carrington carregaria por toda sua carreira. Estudiosos defendem, no entanto, que Leonora, bem como Remedios Varo e outras artistas exiladas, na verdade desenvolveram um estilo próprio, o realismo mágico, uma vez longe de André Breton. Por ser reiteradamente comparada ao companheiro Max Ernst ou mesmo lembrada por sua relação como célebre pintor, Leonora Carrington com frequência defendia o próprio estilo e autenticidade de sua produção:

Apesar do fato de que as ideias dos surrealistas me atraiam, não gosto que hoje me rotulem como surrealista. Prefiro ser feminista. André Breton e os homens do grupo eram muito machistas, só nos queriam como musas meio loucas e sensuais para diverti-los, para os atender. Além disso, meu relógio não parou nesse momento, só vivi três anos com Ernst e não gosto que me restrinjam como se eu fosse tonta. Não vivi sob o encantamento de Ernst: nasci com minha vocação e minhas obras são só minhas13.

Contos e escrita

Leonora Carrington frequentou as reuniões de dois discípulos de Gurdieff, Rodney Collin e Christopher Freemantle. Além de propagador do Quarto Caminho, Collin fundou uma livraria de livros em inglês e sua própria editora, Ediciones Sol, dedicada principalmente a obras de temática esotérica. 

Profundamente interessada em tradições místicas e esotéricas, Leonora Carrington, como vimos, abordou e representou tais crenças e filosofias em várias de suas obras. Conforme a mesma chegou a afirmar: “Eu me recuso a seguir as ordens de um conjunto de ideias. Eu não acredito em ortodoxia. Deve-se respeitar a vida. Um dos principais pontos da ética é nunca acreditarmos que estamos certos. Eu tenho dúvidas com relação a tudo – sobretudo religião“.14 É fácil relacionarmos tais falas às religiões cristãs, predominantes no Ocidente. Ambas as escolas das quais a pintora foi expulsa ainda criança eram instituições católicas.

Porém Leonora de fato estendia tal ceticismo mesmo às correntes e lideranças místicas que mais admirava. Conforme defende O’ Hawe em artigo, Carrington ironiza o famoso guru G. I. Gurdieff – e sua linha de ensinamentos chamada O Quarto Caminho – por meio de seu personagem Doutor Gambit do conto A Corneta Acústica (1950). Leonora Carrington ela mesma confirmou a ligação.15 Tal paródia ocorre mesmo tendo Carrington – e também suas amigas Kati Horna e Remedios Varo – compartilhado de muitos preceitos do líder. 

Movimento Feminista Mexicano e esculturas

Já na década de 70 e 80, a arte de Leonora partiu em direção a exploração de temas ligados ao meio ambiente e a libertação feminina. Uma grande quantidade de animais e plantas em estreita relação com seres humanos ( ou seres humanoides) povoaram a obra de Leonora desde o início. Em décadas posteriores, porém, a artista passou a apoiar preceitos ligados ao que Nancy Deffebach denomina eco feminismo, em uma defesa dos direitos das mulheres e dos animais.

Deffebach detecta tal tendência em quadros desde a década de 1940, como The Pomps of the Sunsoil (1947), até por exemplo a capa para o livro Supervivencias de un mundo mágico escrito por Laurette Sejourné em 1953 e o quadro Mama Aos de 1959. Em fala de 1970, Leonora deixa claro seu posicionamento: “A ideia de que ‘Nossos Mestres’ estão certos e devem ser amados, honrados e obedecidos é, eu acho, uma das mentiras mais destrutivas que foram  implantadas na psique feminina. Já ficou o mais horrivelmente óbvio o que Esses Mestres fizeram ao nosso planeta e a vida orgânica dela. Se as mulheres se mantiverem passivas eu acho que já pouca esperança para a sobrevivência da vida na terra“.16

No final da década de 90, Leonora Carrington foi convidada por Isaac Masri, da ONG Agua Tinta, a participar do projeto “Liberdade em Bronze”, que reuniu pintores de diferentes estilos a trabalhar com esculturas. Inicialmente reticente, Leonora Carrington acabou por produzir toda uma série de peças que guardam semelhanças de tema e forma com os personagens de seus quadros. Algumas dessas criações de Leonora, como Crocodilo, foram doados à Cidade do México ainda em vida, e ornam espaços públicos como o Paseo de la Reforma.17

Morte e Legado

Em 2000, Leonora foi nomeada Cidadã de Honra do México. Em 2011 ela faleceu de pneumonia. Desde então suas obras figuram em várias exposições solo e coletivas pelo mundo todo. No Brasil, a exibição Frida Kahlo – Conexões entre Mulheres Surrealistas no México, ocorrida em 2015 no Instituto Tomie Ohtake, trouxe trabalhos e objetos do acervo de Frida ao lado de obras de artistas que trabalhavam em terras mexicanas na mesma época como Remedios Varo, Maria Izquierdo e Bridget Tichenor além de fotografias como Kati Horna e Lola Álvares Bravo. 

Artigos Relacionados

Autorretrato (Na Hospedaria do Cavalo Alvorada) de Leonora Carrington

A Refeição do Lord Castiçal de Leonora Carrington

Verão de Leonora Carrington

Artigos, teses e estudos online sobre Leonora Carrington

Bibliografia

CHADWICK, Whitney. Women Artists and the Surrealist Movement (London: Thames and Hudson, 2002).

CHADWICK, Whitney. “D’Un jour à l’autre A Tale of Love, War and Friendship”, Papers of Surrealism, Issue 9, 2011. pp. 1 – 20, p. 2. Aqui

DEFFEBACH, Nancy. Renaissance Science, Heresy, and Spirituality in the Art of Leonora Carrington. In “Arte y Ciencia: XXIV Coloquio Internacional de Historia del Arte.” Mexico: UNAM, 2002. pp. 377-392. Aqui.

DEFFEBACH, Nancy. Beyond Surrealism: The Antropological Sources of Leonora Carrington’s “El mundo mágico de los mayas” (1964). Apresentação da feita no Society for American Archaeology in San Francisco in 2015 e disponível no perfil Academia da autora.

FUENTE, Mercedes Jiménez de la. La Joven Leonora Carrington y el Movimiento Surrealista. Anuario de Literatura Comparada, 6 (2016), pp. 149 -170. Aqui.

GRIMBERG, Salomon. Traveling Toward the Unknown – Leonora Carrington Stopped in New York. Woman’s Art Journal, FALL / WINTER 2017, Vol. 38, No. 2, pp. 3-15. Disponível no Jstor.

HANEGRAAFF, Wouter J. A Visual World: Leonora Carrington and the Occult. Abraxas: International Journal of Esoteric Studies 6 (2014), 101-112. Aqui

INGARAO, G. (2010). Las obras murales de Leonora Carrington La vigilante del laberinto y El mundo de los mayas. Crónicas. El Muralismo, Producto De La Revolución Mexicana, En América, (13). pp. 79 – 94. p. 79. Aqui.

MACMASTERS, Merry. Leonora Carrington and Sculpture. Voices of Mexico. October-December 2020. Mexico City: Centro de Investigaciones sobre América del Norte. pp. 41–47. Aqui.

MADRID, Maria Jose González. Leonora Carrington e Remedios Varo – Alquimia, pintura y Amistad Creativa. Studia Hermetica Journal, Vol.1, Nº1, 2017. Aqui.

NUNES, Thiane. Leonora Carrington: trauma, redenção e o noivado consigo mesma. Revista de Artes Visuais. Porto Alegre. v.26 n.45. Jan/Jun 2021. Aqui.

O’RAWE, R. (2017). “Should we try to Self Remember while playing Snakes and Ladders?”: Dr. Gambit as Gurdjieff in Leonora Carrington’s The Hearing Trumpet (1950). Religion and the Arts, 21(1-2), 189-208. Aqui.

Referências 

  1. DEFFEBACH, Nancy. Renaissance Science, Heresy, and Spirituality in the Art of Leonora Carrington. In “Arte y Ciencia: XXIV Coloquio Internacional de Historia del Arte.” Mexico: UNAM, 2002. pp. 377-392. p. 378. ↩︎
  2. FUENTE, Mercedes Jiménez de la. La Joven Leonora Carrington y el Movimiento Surrealista. Anuario de Literatura Comparada, 6 (2016), pp. 149 -170. p. 151. ↩︎
  3. NUNES, Thiane. Leonora Carrington: trauma, redenção e o noivado consigo mesma. Revista de Artes Visuais. Porto Alegre. v.26 n.45. Jan/Jun 2021. ↩︎
  4. GRIMBERG, Salomon. Traveling Toward the Unknown. Woman’s Art Journal, FALL / WINTER 2017, Vol. 38, No. 2, pp. 3-15. ↩︎
  5. CHADWICK, Whitney. “D’Un jour à l’autre A Tale of Love, War and Friendship”, Papers of Surrealism, Issue 9, 2011. pp. 1 – 20, p. 2. ↩︎
  6. Artigo nosso sobre Os Dias na Rua Gabino Barreda. Aqui. ↩︎
  7. CHADWICK, Whitney. Women Artists and the Surrealist Movement (London: Thames and Hudson, 2002). p.194. ↩︎
  8. MADRID, Maria Jose González. Leonora Carrington e Remedios Varo – Alquimia, pintura y Amistad Creativa. Studia Hermetica Journal, Vol.1, Nº1, 2017. ↩︎
  9. INGARAO, G. (2010). Las obras murales de Leonora Carrington La vigilante del laberinto y El mundo de los mayas. Crónicas. El Muralismo, Producto De La Revolución Mexicana, En América, (13). pp. 79 – 94. p. 79.  ↩︎
  10. DEFFEBACH, Nancy. Beyond Surrealism: The Antropological Sources of Leonora Carrington’s “El mundo mágico de los mayas” (1964). Apresentação da feita no Society for American Archaeology in San Francisco in 2015 e disponível no perfil Academia da autora. ↩︎
  11. HANEGRAAFF, Wouter J. A Visual World: Leonora Carrington and the Occult. Abraxas: International Journal of Esoteric Studies 6 (2014), 101-112. p. 106. ↩︎
  12. HANEGRAAFF, Wouter J. A Visual World: Leonora Carrington and the Occult. Abraxas: International Journal of Esoteric Studies 6 (2014), 101-112. p. 103. ↩︎
  13. FUENTE, Mercedes Jiménez de la. La Joven Leonora Carrington y el Movimiento Surrealista. Anuario de Literatura Comparada, 6 (2016), pp. 149 -170. p. 153. ↩︎
  14. DEFFEBACH, Nancy. Renaissance Science, Heresy, and Spirituality in the Art of Leonora Carrington. In: “Arte y Ciencia: XXIV Coloquio Internacional de Historia del Arte.” Mexico: UNAM, 2002. pp. 377-392. p. 392. ↩︎
  15. O’RAWE, R. (2017). “Should we try to Self Remember while playing Snakes and Ladders?”: Dr. Gambit as Gurdjieff in Leonora Carrington’s The Hearing Trumpet (1950). Religion and the Arts, 21(1-2), 189-208. ↩︎
  16. DEFFEBACH, Nancy. Human Plant Hybrids in the Art of Frida Kahlo and Leonora Carrington. Curare. N.11, (Summer 1997), 97-129. p.121. ↩︎
  17. MACMASTERS, Merry. Leonora Carrington and Sculpture. Voices of Mexico. October-December 2020. Mexico City: Centro de Investigaciones sobre América del Norte. pp. 41–47. ↩︎
Nascimento: 6 de abril de 1917
Falecimento: 25 de maio de 2011
Origem: Inglaterra
Ocupação: Pintora, Escritora, Escultora
Principais obras: Autorretrato (1937), Retrato de Max Ernst (1937), Lá Embaixo (1941), O Jardim de Paracelso (1957)

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